sexta-feira, 27 de março de 2015

Uma paixão puxa a outra!

Sempre gostei de livros. Ainda hoje lembro das minhas primeiras compras "adultas" na Feira do Livro de Porto Alegre (Florbela Espanca e Neruda entre elas. Preciso voltar a dar espaço à poesia nas minhas leituras...) 


Muito dessa paixão foi estimulada pelo meu pai. Minhas lembranças de infância remontam à ele lendo no sofá de casa, à estante cheia de livros e ao incentivo desde cedo com os gibis da Turma da Mônica e do tio Patinhas!! 



Pois bem, eu cresci e conheci meu namorado, que por sorte do destino (ou tem um dedo de Freud aí?) também é apaixonado por literatura e livros em geral. Mas mais do que isso, apaixonado por literatura russa... E aí não teve jeito! Fui aos poucos experimentando e quando vi, tinha eu também me seduzido pelas histórias e enredos dos livros, de Tolstói e Dostoiévski a Nabokov! 

E é justamente nele que quero chegar. Vladimir Nabokov, autor de um dos romances mais controversos da literatura. O livro foi escrito por Nabokov entre os anos de 1950 e 1953, mas foi só em 1958 que o romance foi publicado nos EUA, após várias recusas de editoras e revistas. 



Não é difícil se apaixonar pela história já nas primeiras linhas. A obra tem, na minha opinião, um dos inícios mais românticos, inspiradores e que mostra um pouco da obsessão do personagem principal, o professor Humbert pela personagem que dá título ao livro. 

"Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne. Minha alma, meu pecado. Lo-li-ta: a ponta da língua toca em três pontos consecutivos do palato para encostar, ao três, nos dentes. Lo. Li. Ta.
Ela era Lo, apenas Lo, pela manhã, um metro e quarenta e cinco de altura e um pé de meia só. Era Lola de calças compridas. Era Dolly na escola. Dolores na linha pontilhada. Mas nos meus braços sempre foi Lolita." 

Lindo, sim ou com certeza? 




Também no Netflix está disponível a versão do diretor Adrian Lyne (1997), com Jeremy Irons no papel de Humbert. No entanto, a primeira versão do cinema foi feita por Stanley Kubrick, em 1962. 


Filme dirigido por Stanley Kubrick. 
 
Filme de 1997, com
 Jeremy Irons. 




quarta-feira, 25 de março de 2015

No divã.

Ano passado tive a oportunidade de participar de um encontro com a psicanalista Diana Corso, aqui em Porto Alegre, encontro esse realizado pela escola na qual trabalho. Na ocasião, Diana estava lançando seu mais novo livro Tomo conta do mundo - Conficções de uma psicanalista.








O livro é um apanhado de crônicas da autora que foram coletados ao longo da sua trajetória como colunista em jornais e revistas. Os textos exploram temas atuais e cotidianos, alguns deles vividos pela própria Diana e outros por pessoas de sua convivência. No entanto, há algo em comum entre eles: o universo feminino.






"[...] Diana Corso explora o espaço feminino para tomar conta das inquietudes da vida e do que significa estar nesse mundo." 




Com uma super dedicatória! ;) 



É aquele tipo de leitura que nos faz parar um pouco a correria diária e olhar para si, refletir e se enxergar em algumas situações e pensamentos. Recomendo e muito! 

















Ps: Diana, junto com seu marido Mário Corso, é autora dos livros Fadas no Divã: psicanálise nas histórias infantis (2005) e Psicanálise na Terra do Nunca: ensaios sobre a fantasia, (2010) ambos da Editora Artmed.

segunda-feira, 16 de março de 2015

À la française.

Passada a metade da leitura do livro Crianças francesas não fazem manha, da americana Pamela Druckerman (editora Fontanar), minhas ideias a cerca da criação de filhos vão longe. 

Até o momento não consigo discordar de nada do que a autora relata como sendo habitual nos lares franceses: limites e pulso firme aliados a carinho, conversa olho no olho e nada de ansiedade por parte dos pais. Segundo a autora, as mães francesas tratam seus filhos como seres capazes de aprender, desde muito cedo! Isso se reflete em uma convivência tranquila, já que ambos estabelecem uma relação de confiança e respeito pelo espaço um do outro. Fantástico! 

Assim que finalizar o livro, acredito que vou conseguir emitir uma opinião mais elaborada. 
Enquanto isso, boa leitura! 



Rousseau é inspiração para muitos pais franceses. 

quinta-feira, 12 de março de 2015

Romance dos bons.

Já fazia muito tempo que eu tinha vontade de ler e conhecer a obra da Jane Austen. Acontece que nenhuma edição dos seus livros havia ainda me chamado a atenção. Sim, ás vezes eu compro o livro pela capa! 

Nas últimas férias, visitando pela enésima vez a Fnac de Lisboa, me deparei com uma coleção da editora Civilização. Além das capas serem durinhas, a arte era uma graça! Trouxe comigo então o lindo Orgulho e Preconceito, e me arrependo até o último fio de cabelo por não ter trazido outro título da autora da mesma coleção, Persuasão. 



Comecei a leitura assim que cheguei de volta ao Brasil, no final de fevereiro. Faltam pouco menos de 100 páginas pra terminar o romance, mas o meu amor pelo livro foi tanto que não aguento esperar! 

Esse clássico da literatura inglesa tem como pano de fundo romance de duas das irmãs Bennet pelos nobres Mr. Darcy e Mr. Bingley. Uma história que faz pensar nos valores da época e principalmente no preconceito que existia nas classes mais altas da sociedade. 

"Uma clássica história de amor e mal-entendidos que se desenrola em finais do século XVIII e retrata de forma acutilante o mundo da pequena burguesia inglesa desse tempo."




                        Muito amor nessa capa!                               



Pra quem, assim como eu, não se contenta só com o livro e precisa do filme também, sugiro procurar lá no Netflix!! Elizabeth é interpretada por Keira Knightley (a última Anna Karenina do cinema) e sua irmã Jane, por Rosamund Pike (Garota Exemplar). Agora, depois de quase finalizar o livro e de ter visto o filme, fica meio impossível não se encantar por Mr. Darcy, aqui interpretado por Matthew MacFadyen... Vale e muito a pipoca!!

Mr. Darcy e Mrs. Bennet

quarta-feira, 11 de março de 2015

História do Rei Transparente.

Há mais ou menos um ano atrás, um amigo do meu namorado indicou este livro pra que ele comprasse. Disse que pelo que ele o conhecia, ia gostar. Fomos atrás do livro em algumas livrarias e não encontramos nada. Depois de muita procura o encontramos no site da Estante Virtual. Problema resolvido? Não.... O livro se perdeu nos Correios e levou 2 meses pra chegar até nós! O fato é que há uma lista enorme de livros aqui em casa na lista de espera, e esse foi o destino do tal rei transparente! 

Final de ano, férias e ele surgiu na minha frente, pedindo pra ser devorado! E assim foi feito! Entre o final de dezembro de 2014 e o início de janeiro desse ano, saboreei cada página da história da espanhola Rosa Montero. 

Mas do que trata o livro afinal? Uma linda e mágica mistura de fatos históricos (Idade Média e as Cruzadas) com muita fantasia e romances. Mas acredito que a força da história está na coragem e determinação das personagens femininas deste livro. Em uma época onde transgredir era perigoso e poderia levar à morte, Rosa nos mostra através de Leola e de sua fiel companheira Nyneve, o quão longe nossa coragem pode nos levar! 

"Sou mulher e escrevo. Sou plebéia e sei ler. Nasci serva e sou livre. Vi coisas maravilhosas em minha vida. Fiz coisas maravilhosas em minha vida. Durante algum tempo o mundo foi um milagre. Depois a escuridão voltou."


História do Rei Transparente - Rosa Montero, tradução de Joana Angélica d`Avila Melo
Ediouro, 2006. 




terça-feira, 10 de março de 2015

Um recomeço.

A atividade de escrita é um exercício diário! Não sei ao certo o autor dessa frase, mas concordo plenamente! Penso que através da escrita conseguimos exteriorizar nossas alegrias, medos, sentimentos que muitas vezes ficam guardados lá dentro da gente, sem muito espaço pra sair. Acredito também que é através da leitura que "domamos" muitos destes medos e sentimentos, refazendo caminhos internos que nos levam a refletir sobre o que vai dentro de nós. 

Por que tudo isso? Porque resolvi voltar a escrever aqui! Mas dessa vez venho com um objetivo mais claro: falar aqui sobre o que eu ando lendo! Claro que muita leitura precedeu essa página, e isso também vai aparecer por aqui! 

É isso! Espero poder contribuir com boas sugestões e discussões sobre literatura! Boas leituras para todos nós!!