domingo, 19 de abril de 2015

A leveza de cada ser.

É incrível como Milan Kundera (República Checa, 1929) surgiu por acaso na minha vida e se tornou o autor de um dos meus livros preferidos. É sem dúvida a história que mais me tocou e me fez/faz pensar. É também a que mais releio: volta e meia me vejo relembrando alguma passagem do livro e relendo, tentando dar um novo sentido nas muitas páginas marcadas. Cheguei ao livro através de uma frase, frase essa que deve ser bem conhecida de muita gente:

"O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma só mulher)."

Depois dela, vieram tantas outras e com tanto ou maior sentido pra mim. Recomendo demais a leitura, simplesmente porque vejo nele um romance histórico e libertador, romântico e sedutor. Uma contradição, pra mim, como o próprio nome. A insustentável leveza do ser, obra escrita pelo autor em 1982, trata das relações amorosas dos quatro personagens principais - Tereza e Tomas, Sabina e Franz - e de como tanto os acontecimentos históricos como os da vida de cada um interferem nessas relações. Minha edição é da Cia das Letras (Cia de Bolso), traduzido do francês. 

A insustentável leveza do ser
No ano de 1987, Philip Kaufman adaptou a obra para o cinema, com Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche nos papéis de Tomas e Tereza. Nesse caso, fico devendo minha opinião para o filme. Tenho medo de não ter o envolvimento que tive com o livro e acabar perdendo o encantamento da história... Mas, se alguém assistir e achar que vale a pena, me avise depois! ;) 

"A história tão leve quanto a vida do indivíduo, insustentavelmente leve, leve como uma pluma, como uma poeira que voa, como uma coisa que vai desaparecer amanhã."

De uma sensibilidade sem fim!


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