domingo, 17 de maio de 2015

Da beleza da dor.

Caleidoscópio. Amor. Beleza. Crianças. Educação. Natureza. Política. Saúde Mental. Religião. Velhice. Morte. 


Junte tudo isso e misture com a poesia e o dom de transformar simples palavras em sentimentos. O resultado é esse livro de Rubem Alves, Ostra feliz não faz pérola.

Acho incrível como algumas coisas parecem surgir na nossa frente no momento em que mais precisamos. Sorte? Destino? Vai saber... O fato é que foi numa tarde de muitas dúvidas, de pensamentos a mil e buscando referências para uma escrita importante que me perdi nas palavras iniciais desse livro. 

"Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: "Ela não sai da sua depressão..." Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. Ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor."

E junto com a ostra eu também fui me livrando da dor. E fui rindo, chorando, suspirando, me indignando, sonhando e cantarolando, até que cheguei ao final. É claro que ainda tenho dor (não nos livramos das nossas dores, as transformamos), mas também tenho mais um pouco de tudo que citei lá em cima, porque as palavras, quando ditas ou escritas com sentimento, ficam dentro da gente, de alguma maneira...
Sendo assim, penso que posso dizer: livro altamente recomendável para quem quer uma dose extra de sentimentos na sua vida. 


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